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Sexo Seco: prática perigosa que aumenta prazer dos homens Publicado em 2015-06-02 na categoria Absex / Comportamentos
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O "sexo seco" é uma prática ancestral que visa contrariar a humidade natural da vagina das mulheres em prol do maior prazer dos homens. Isto com recurso a detergentes, areia ou outros componentes que são introduzidos no órgão sexual feminino. Contra as vaginas molhadas! Eis como se pode falar desta estranha prática... O que é o "sexo seco"?A ideia do "sexo seco" é que a vagina fique completamente seca na altura do acto sexual. Acredita-se que assim os homens vão conseguir mais prazer, contrariando aquela que é a ideia dominante da importância da lubrificação vaginal para a melhor satisfação no sexo (pelo menos da mulher!). Neste sentido de contrariar a lubrificação da vagina, as mulheres introduzem nela areia, rocha pulverizada, ervas, papel, esponjas, entre outros componentes, antes do sexo. Algumas chegam a regar a vagina com álcool, lixívia e detergentes! Uma prática que agride severamente a flora natural da vagina, que é essencial para a saúde da zona. De resto, até os duches vaginais são desaconselhados pelos médicos. Crença culturalO "sexo seco" está enraizado na cultura de muitos países de África, passando de geração em geração, como uma tradição, especialmente nos países do Sul e do Centro do continente. Também se verifica em algumas zonas da América do Sul e do Caribe e na Indonésia, nomeadamente na Ilha de Java, onde é habitual as mulheres defumarem as suas vaginas com ervas em chamas. Noutras zonas indonésias, pratica-se o chamado "Tongkat Madura" em que um pau com a forma de um charuto, feito com a raíz de uma planta, se introduz na vagina de modo a que esta fique seca e limpa. Acredita-se ainda que este método aumenta o desejo sexual das mulheres. Da mesma forma, certos alimentos não são recomendados às mulheres indonésias, considerando-se que tornam a vagina húmida, nomeadamente o ananás e o abacaxi, e o pepino. E o que há contra vaginas molhadas?As vaginas molhadas são, de acordo com a crença nalguns dos países onde se pratica o "sexo seco", um sinal de mulheres promíscuas e sujas. O fluxo vaginal é encarado como algo pouco saudável, que indicia uma doença ou alguma coisa má - imagino que neste contexto a bebida que faz a vagina cheirar a pêssego daria muito jeito! "Basicamente, a reputação de uma mulher depende do tamanho de sua vagina", salienta uma especialista em saúde sexual e activista na África do Sul, Marlene Wasserman, destacando ainda que é "definitivamente uma questão de classe". A prática verifica-se nas comunidades menos instruídas e onde as mulheres são mais dependentes dos homens. "As mulheres que vivem em países onde praticar o "sexo seco" é algo normal, provavelmente ensinaram-lhes, desde pequenas, que lavar-se com sabão abundante e químicos secantes é algo fundamental para manter os seus maridos fieis e felizes. Muitas mulheres dependem dos seus maridos ou namorados, de maneira que não estão em condições de dizer-lhes o que querem", esclarece a especialista holandesa Tinde Van Andel. Além dos aspectos culturais e de crença, o processo de secagem da vagina causa a sensação de estreiteza da mesma. Os homens sentir-se-ão mais estimulados com a fricção, o calor e o inchaço causados pelo uso dos agressivos elementos secantes. "Sexo Seco" tem riscos e consequências gravesTrata-se de um procedimento bastante doloroso para as mulheres que o praticam, irritando severamente a vagina. Provoca cortes e feridas, inflamação e infecções e incrementa o risco de doenças sexualmente transmissíveis, incluindo o HIV. Um estudo feito em 2009 na Zâmbia, um país onde se pratica o "sexo seco", comprovou que este processo ajudou a espalhar o vírus HIV. Além disso, o procedimento de secagem da vagina aumenta a probabilidade de que o preservativo se rompa, com as consequências perniciosas inerentes. Molhadas e contentes!As mulheres que se entregam ao "sexo seco" aceitam os sacrifícios que ele acarreta, acreditando que a dor no sexo é normal. Elas não sabem, nem imaginam, que o prazer sexual é um direito que também é delas. Uma ideia, felizmente, contrária à crença dominante na maioria dos países evoluídos, onde se apregoa a humidade vaginal! Uma mulher molhada é mais feliz e isso também deixa os homens mais contentes! |
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