Homossexualidade e Lesbianismo: quando pedir ajuda Psicológica?
Publicado em 2012-07-19 na categoria SexCult / Lesbianismo


A homossexualidade ou lesbianismo é uma atracção sexual e preferência por indivíduos do mesmo sexo. De forma geral fala-se de lésbicas quando nos referimos a mulheres e homossexuais para homens. No século VII A.C, a homossexualidade era conhecida através de Sapho (Primeira poetisa) habitante da ilha Lesbos na Grécia antiga.

Foi a partir dos poemas dedicados às jovens raparigas com quem ela vivia e iniciava na arte de cantar, escrever poemas e dançar que os poetas aos poucos foram tornando credíveis lendas de amores homossexuais. A palavra “ lésbica “ provém da ilha Lesbos.

Da Grécia antiga permaneceram muitas provas do amor entre pessoas do mesmo sexo, aliás o amor enaltecido na altura não era o amor entre homem e mulher mas sim entre pessoas do mesmo sexo. As numerosas pinturas de vasos, que representavam crianças e efebos praticando ginástica, possuem inscrições do tipo de "calos" que são outras tantas dedicatórias a "formosos rapazes".

A cidade Grega, mesmo evoluída, como a Atenas do século de Péricles, continua a ser um "clube de homens", "um meio masculino fechado" interdito ao outro sexo, no qual a dedicação apaixonada de um homem e de um adolescente de doze a dezoito anos pode ser fomentadora de nobres sentimentos de honra e coragem. O famoso "Batalhão Sagrado" de Tebas, no século IV, é um exemplo típico de bravura colectiva sustentada e cimentada por "amizades especiais".

Admitamos que o amor de Sócrates por Alcibíades se tenha mantido puro, aliás com grande despeito do jovem, mas como dirá Plutarco, " Se o amor dos rapazes renega a voluptuosidade, é porque tem vergonha e teme o castigo; como necessita de um pretexto honesto para se aproximar dos rapazes belos, começa por pôr em evidência a amizade e a virtude. Cobre-se de poeira no ginásio, toma banhos frios, ergue as sobrancelhas; cá fora, dá-se ares de filósofo e de sábio, por causa da lei; depois, à noite, quando tudo repousa, doce é a colheita na ausência do guarda".

Os séculos passaram e a homossexualidade passou a ser considerada como uma doença devido à ignorância e ao preconceito. No século XX alguns países da Europa tais como a Inglaterra a França e a Alemanha legalizaram as relações homossexuais entre adultos.

A Associação Psiquiátrica Americana devido a pressões e a evidências científicas deixaram de a incluir no DSM como doença. No entanto ser homossexual ainda traz problemas a quem se assume com essa identidade: perda de emprego, rejeição social, descriminações de vária ordem, ou até prisão como em alguns estados dos Estados Unidos.

 

A nossa cultura sempre perseguiu os homossexuais, criando tabus e tratando a orientação homossexual como doença, trazendo ao sujeito enormes preconceitos e conflitos internos pela pressão social exagerada. Aceitar a homossexualidade de alguém numa família é sempre um momento de grande tensão e por vezes de rejeição.

 

Não raras vezes a pessoa é tolerada no seio da família mas para a sociedade continua a ser negada essa sua identidade. Os companheiros/parceiros aparecem como amigos de faculdade, partilha de casa, colegas de emprego, mas nunca são apresentados como parceiros de vida. Mas, felizmente nem todas as famílias reagem assim, aceitando essa escolha tal como aceitariam outra de natureza heterossexual.

 

Apesar das investigações indicarem a formação da identidade de género como algo que se forma na relação com as figuras significativas da vida da pessoa, temos que entender duma vez por todas é que o homossexual não é doente e não existe tratamento para a homossexualidade.

Sucede muitas vezes, também, é que a própria pessoa pensa que se aceita como homossexual mas quando testado em situações práticas reage de forma contrária, porque a sua identidade sexual não está definida. E é importante relembrar que ter práticas homossexuais não quer dizer que a pessoa tenha essa identidade sexual definida.

Quando essa definição não está concretizada e isso causa sofrimento à pessoa então estamos a falar de doença. Mas estamos a falar de doença a um nível da emoção, do sentimento que tem a ver com indefinições e não com o acto em si.

 

São estes casos que procuram ajuda psicológica, os que não vivem bem com a sua orientação, ou que não sabem o que são, ou que não conseguem viver e lidar com o estigma social.

 

Se um psicólogo que atender um caso de homossexualidade no seu consultório disser que tem tratamento para a homossexualidade está a induzir em erro o paciente. Não são raras as situações em que os pais de jovens confrontados com essas escolhas os obrigam a ir a consultas afim de “ tratar” esse problema.

 

A homossexualidade não é doença e não existe tratamento!

 

Não conseguir viver com esses desejos, reprimi-los, escondê-los, criar uma vida dupla ou negá-los para si próprio e para os outros é que já é considerado problema. Aí, talvez o melhor seja mesmo procurar ajuda de um psicoterapeuta para o ajudar a perceber-se melhor e a lidar com esses sentimentos. Uma sexualidade reprimida poderá levar a estados depressivos graves!

 

É nesta área que a psicoterapia pode ajudar: na ajuda ao paciente na definição da sua identidade sexual, saber lidar com a discriminação e preconceito social, ajudá-lo a enfrentar as tensões e conflitos familiares, no fundo a sentir-se bem com a sua orintação sexual, sem vergonha ou medo do exterior.

Se for este o seu caso e estiver em dificuldades , não hesite, contacte-me: jesuscandeias@gmail.com

Maria de Jesus Candeias
PSICÓLOGA CLÌNICA PSICOTERAPEUTA EM CONSULTÓRIO PRIVADO.FORMADORA PROFISSIONAL.
Directora Técnica Casa de Repouso S. Cristóvâo, Caneças.
Ex-Psicóloga Clínica na Escola EB 2/3 Avelar Brotero, Odivelas.
 

 

 
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